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Deputados repercutem denúncia de superfaturamento no "Férias no Ceará"

A deputada Eliane Novais (PSB) sugeriu a ida do secretário chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho, à Assembleia Legislativa para esclarecer as questões referentes ao contrato

14:31 | 20/09/2013
A denúncia do Ministério Público de Contas do Ceará (MPC) de que o Governo do Estado superfaturou contratos de artistas para o evento “Férias no Ceará” foi mote de discussão entre os deputados na Assembleia Legislativa, nesta sexta-feira, 20. Heitor Férrer (PDT) fez críticas a Cid Gomes, a quem chamou de “desonesto”, as quais foram rebatidas pelo líder do governo, José Sarto (PSB) e outros deputados da base aliada.

Sarto defendeu que os valores apresentados pelo MPC correspondem não apenas aos cachês dos artistas, mas também aos gastos com estrutura, hospedagem, viagem, dentre outros. O deputado acusou o MPC de prestar um desserviço à sociedade quando apresenta um material que não tem caráter conclusivo. Sarto disse que o Hetiro Férrer fala de um assunto que não sabe do que se trata. “Eu torço para um dia que o Heitor seja gestor ou prefeito, de Fortaleza não, porque seria um desastre, para ele morder a língua e saber que é bem ‘facinho’ fazer um discurso para plateia, quando não se sabe da verdade dos fatos”, completou Sarto.

O deputado Dedé Teixeria criticou que a imprensa está trabalhando de forma orquestrada para prejudicar os aliados de Dilma Rousseff. Sobre a mudança nos cachês, Teixeira reiterou fala anterior de Sarto de que o valor é variável de acordo com o período do ano.

Camilo Santana, que retornou recentemente ao cargo de deputado, defendeu que o evento criado por Cid era importante para a população pobre que não tinha condições de ir a show importantes como Skank ou Paralamas do Sucesso. “É preciso ter muito cuidado com a forma como se coloca, quando a gente dirige o discurso a população a gente precisa ter responsabilidade com a aquilo que está dizendo”, disse Santana.

Heitor Férrer afirmou que não é contra o projeto “Férias no Ceará” e concorda que as pessoas de baixa renda devem ter acesso a grandes espetáculos musicais. “O que estou falando é que o governo pagou oito vezes mais. O governo do Ceará pagou R$ 880 mil ao Gilberto Gil e ele diz que só recebeu R$ 240”, declarou. O deputado disse ainda que Camilo Santana está indo contra as informações do jornal Folha de São Paulo e do Portal da Transparência.

Casa Civil
A deputada Eliane Novais (PSB) sugeriu a ida do secretário chefe da Casa Civil, Arialdo Pinho, à Assembleia Legislativa para esclarecer as questões referentes ao contrato de artistas para o programa “Férias no Ceará”. Segundo ela, é importante que o secretário compareça para prestar esses esclarecimentos ao Parlamento e à sociedade.

Ela questionou ainda em que pasta consta os gastos do programa Férias no Ceará, se na Casa Civil, nas secretarias de Cultura ou Turismo, “onde acredito que sejam as ideais”. Para a parlamentar, “é a oportunidade, também, de se aprofundar as investigações às produtoras desses show, saber quais são e quem são seus donos”.

Luizianne Lins
O deputado Antonio Carlos (PT) ocupou a tribuna para alegar injustiça feita contra a ex-prefeita Luizianne Lins (PT), que, segundo ele, enfrentou críticas em relação à contratação de artistas na tentativa de desqualificar a imagem da então gestora.

“Quero reparar essa injustiça feita aqui. Devemos ter muita cautela nas denúncias e posicionamentos”, disse o deputado, reportando-se aos debates ocorridos na manhã de hoje no plenário da Casa acerca dos valores gastos na promoção de shows pelo Governo do Estado.

A polêmica da contratação de Caetano Veloso pela prefeitura de Fortaleza, na gestão de Luizianne, também foi mote para Sarto criticar Heitor Férrer quem, segundo ele, não fez as mesmas cobranças a Luizianne como está fazendo a Cid.

Redação O POVO Online

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