A Câmara dos Vereadores foi palco de uma nova discussão pessoal entre vereadores. Dessa vez, os protagonistas foram João Alfredo (Psol) e Márcio Cruz (PR). Ao fazer defesa da ação da Guarda Municipal na primeira tentativa de desocupação, Márcio Cruz disse que a atitude de João Alfredo de usar a Câmara para pedir identificação dos guardas municipais “quando o próprio vereador estava diante de vários mascarados” era muita “cara de pau”. João Alfredo considerou desrespeito do vereador e pediu que Márcio Cruz retirasse o que tinha dito.

“Queria pedir ao vereador para largar do meu pé”, disse João Alfredo, sob a alegação de que estava havendo uma perseguição a ele. “O decoro parlamentar vale para uns e outros não? Não aceito que me chamem de cara de pau”, defendeu-se o vereador do Psol. João Alfredo ressaltou que tanto a Guarda Municipal como os manifestantes deveriam estar identificados.

O vereador se referiu a Márcio Cruz, ainda, como um “lambe-botas” e pediu para que ele retirasse o que tinha dito. Márcio Cruz afirmou que não retiraria a fala. “Não retira? Então virou a carapuça”, disse João Alfredo.

Durante sua defesa, Márcio Cruz defendeu a posição da Guarda Municipal e afirmou que a categoria votou em Roberto Cláudio por causa de “oito anos de descaso da gestão passada”. Portanto, não poderia, agora, agir como oposição ao prefeito. “É muito bom ouvir só uma versão”, criticou Márcio Cruz em relação às discussões sobre a ação da Guarda Municipal contra os manifestantes do Cocó.

“Se eu chamei o vereador de cara de pau foi porque ele me chamou de ‘puxa-saco’ e de ‘lambe-botas’”, afirmou Márcio Cruz, ressaltando discussões anteriores entre eles. Após a discussão, tanto João Alfredo como Márcio Cruz retiraram os termos ditos que geraram o debate.

Discussão entre vereadores
Na semana passada, João Alfredo e Carlos Mesquita trocaram insultos na Câmara Municipal. Após ter sido chamado de “idiota” e “cretino” pelo vereador Carlos Mesquita (PMDB), João Alfredo (Psol) decidiu encaminhar denúncia contra o parlamentar ao Conselho de Ética da Câmara de Fortaleza.

“Eu pedi desculpas no plenário, depois que acabou, mas não espero desculpas dele porque ele não aceita, ele não é um cara que assimilou a democracia. Já tivemos vários desentendimentos por ele não aceita que as pessoas pensem diferente dele”, disse Carlos Mesquita. Para o vereador, foi João Alfredo o responsável pela situação, após interromper a fala de Mesquita quando este pediu para que fossem retiradas dos anais da Casa palavras ditas contra o prefeito.