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Manifestantes querem se reunir com RC para debater alternativas para viadutos

17:38 | 19/08/2013

Integrantes do acampamento contrário aos viadutos no encontro das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Júnior, no Cocó, anunciaram nesta segunda-feira, 19, que o grupo deseja se reunir com Roberto Cláudio (PSB) para debater possível consenso sobre intervenções na área do Parque do Cocó. A ideia é que seja realizada reunião aberta, em local público e de livre acesso, para que manifestantes apresentem projetos alternativos para o local.

“Não estamos aqui com base em achismos. A gente estudou e a gente acha que pode contribuir para um debate democrático”, afirma o arquiteto Yuri Nobre. Além dele, outros dois manifestantes contrários à construção dos viadutos possuem projetos de soluções alternativas para a área verde atingida.

[SAIBAMAIS 3]“O planejamento feito pela Prefeitura e Governo do Estado estão todos engatilhados desde a época da gestão Juraci Magalhães. São baseados em uma concepção atrasada de cidade”, afirma o estudante de arquitetura Vitor Xavier, da Universidade Federal do Ceará.

No último domingo, 18, Roberto Cláudio voltou a defender a construção de viadutos, afirmando que a obra faz parte de conjunto de obras visando melhorar o transporte público da região – através da implantação de faixas exclusivas para ônibus. Na ocasião, acusou manifestantes contrários à obra de tentar impor aos fortalezenses, “pela força e a violência”, a vontade de uma minoria da população.

Já nesta segunda-feira, 19, o governador Cid Gomes (PSB) afirmou que deseja construir consenso com manifestantes, mas admitiu que - caso necessário - a Polícia Militar pode vir a desocupar a área.

A assessoria de comunicação da PMF, informou ao O POVO que, desde a última sexta-feira, 16, o prefeito Roberto Cláudio tem tentado criar um canal de negociação com os manifestantes, por meio do arcebispo de Fortaleza, dom José Antonio; do presidente da Ordem dos Advogados do BrasiL (OAB-CE), Valdetário Monteiro; da Defensoria Pública; Procuradoria Geral do Município (PGM); Secretaria de Direitos Humanos da prefeitura. Porém, o que foi dito pelos manifestantes ao secretário municipal de Direitos Humanos, Karlo Kardozo, é que ninguém tem interesse em conversar. A Prefeitura informa ainda que até o momento a disposição é de negociar a retirada dos acampados de forma pacífica, mas que, caso seja necessário efetuar a desocupação do espaço, irá convidar as instituições mobilizadas para acompanhar a ação. 

com informações do repórter Bruno Pontes

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