O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), disse nesta quinta-feira, 08, que a presidente Dilma Rousseff vai assumir uma postura de mais diálogo com os parlamentares antes de o Executivo enviar medidas importantes ao Legislativo. "Tanto nas reuniões com os líderes na Câmara quanto no Senado, essa foi uma demanda clara. Ela (Dilma) responde não só assumindo o compromisso, mas realizando esses encontros", disse o líder.

"O resultado disso é facilitar que um projeto, antes de ser enviado, tenha já um diálogo", disse o petista. Ele afirmou que esse diálogo se faz mais necessário diante das novas regras de apreciação de vetos pelo Congresso, que prevê sessões a cada 30 dias.

Sobre o novo marco da mineração, cuja derrubada tem sido um apelo de parlamentares, Dias afirmou que a urgência "não está vinculada à prioridade do governo". Ele disse, no entanto, que foi autorizado que o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS), negocie a retirada da urgência. "O líder do governo está autorizado, se for necessário para a votação de outras matérias, a retirar a urgência".

Um dos projetos que não podem ser votados enquanto vigorar a urgência do marco de mineração é o que destina os royalties do petróleo para a saúde e para a educação. Sobre esse tema, o senador disse que o governo mantém a defesa de que apenas 50% dos rendimentos do Fundo Social do petróleo tenham como destino as áreas sociais.

Dias afirmou que a presidente Dilma pretende ampliar os encontros com parlamentares e que os líderes da base no Senado devem ser recebidos novamente na próxima terça-feira, 13.