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Secretária do município Granja é afastada por compra de votos em 2012

Nas vésperas das eleições, o MP requereu três mandados de busca e apreensão, sendo um deles na casa de Maria Zenaide de Araújo

13:13 | 17/07/2013
A Justiça determinou o afastamento da secretária de Meio Ambiente do município de Granja (a 352,3 quilômetros de Fortaleza), Maria Zenaide de Araújo, durante 180 dias. A secretária é acusada de captação ilícita de votos durante o processo eleitoral de 2012. A decisão, dada em caráter liminar na terça-feira, 9, atende a um pedido feito pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MP). O promotor de Justiça Breno Rangel Nunes da Costa havia ajuizado uma Ação Civil Pública (ACP) por ato de improbidade administrativa contra ela no dia 1º de julho, alegando ofensa aos princípios da legalidade e da moralidade.

Nas vésperas das eleições, o MP requereu três mandados de busca e apreensão referentes a municípios da 25ª Zona Eleitoral, sendo um deles na casa de Maria Zenaide de Araújo. Através de informações cedidas pelos bancos, ficou constatado que ela havia sacado a quantia de R$ 61 mil em menos de 48 horas. Durante o cumprimento do mandado, foram apreendidas cédulas de dinheiro e documentos que comprovavam a captação ilícita de votos. Há provas de compra de votos por parte da vereadora em troca de dinheiro, material de construção (tijolos, telhas, etc.), remédios, dentre outras coisas.

A decisão de afastamento da secretária foi determinada pelo juiz Fernando de Sousa Vicente, da 2ª Vara da Comarca de Granja.

Condenação anterior
Maria Zenaide de Araújo já havia sido condenada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por compra de votos, em uma decisão publicada em abril deste ano. Além da cassação do diploma de vereadora, o Tribunal aplicou multa e declarou a inelegibilidade dela por um período de oito anos. Desta vez, a ação do Ministério Público é referente à esfera cível. “Ao praticar a captação ilícita de sufrágio, ela viciou a vontade do eleitor, colocando em xeque a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral”, destaca o promotor Breno Rangel.

Redação O POVO Online
com informações do Ministério Público

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