Queda de Dilma em pesquisa faz base cobrar mudanças
Manifestações e pesquisas também mexeram com a rotina de Dilma. Nesta segunda, 1, a presidente faz uma rara reunião ministerial para "colocar todos os ministros a par das resoluções do governo, dos encaminhamentos e também fazer recomendações de como conduzi-los", disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que se reuniu ontem, 30, com Dilma e outros sete colegas de Esplanada. A reunião, segundo Bernardo, é para "não deixar os projetos pararem, todos saberem de que forma estão sendo encaminhadas as reivindicações e também garantir que não haja paralisia ou retrocesso dos programas sociais".
Se no Executivo o momento parece ser de freio de arrumação, as quedas de 27 pontos na avaliação positiva de Dilma e de 21 pontos de intenção de voto na presidente captada pelo Datafolha levou aliados a afirmar que são contrários a propostas de interesse do Planalto no Legislativo. Defendem, também, mudanças na equipe econômica e na articulação política, caso essa última não seja fortalecida.
"Muda a relação do Congresso com a presidente, ela vai ter que dialogar mais para aprovar os projetos propostos, inclusive vai ter que abrir um canal com a oposição", adverte o deputado Lúcio Vieira Lima, cacique do PMDB baiano. "A pesquisa foi um desastre. Agora vamos ter que remar tudo de novo. Vai ser uma eleição dura, acabou a brincadeira. Jogaram uma eleição fora em 30 dias, vai ter que recompor o governo. A Dilma vai ter que, realmente, ter um governo de coalizão, senão vai ficar sozinha", disse um senador líder de partido aliado.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.