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Polícia Federal instaura inquérito policial para investigar obra no Cocó

A PF oficiou Roberto Cláudio, fiscais do Ibama e a SPU a darem esclarecimentos sobre as intervenções no local

15:09 | 26/07/2013

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira, 26, que instaurou inquérito policial para apurar a responsabilidade criminal da Prefeitura de Fortaleza no desmatamento de mais de 70 árvores no Cocó. As intervenções foram iniciadas pela Prefeitura para dar início à construção de viadutos no cruzamento entre as avenidas Engenheiro Santana Júnior e Antônio Sales.

De acordo com o documento assinado, pelo delegado Thomas Wlassak, o prefeito Roberto Cláudio (PSB), é oficiado a prestar esclarecimentos sobre a derrubada das árvores. A instauração do inquérito foi comunicada pela PF ao Ministério Público Federal (MPF-CE), que solicitou a investigação.

Na última quarta-feira, 24,a Justiça derrubou a liminar que suspendia o andamento das obras no Cocó. No mesmo dia, o procurador Oscar Costa Filho solicitou que a PF abrisse investigação sobre o caso, com base em laudo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). De acordo com o MPF, o relatório comprova a ilegalidade no desmatamento de área de manguezal, pertencente à União. Ontem, Roberto Cláudioanunciou a retomada das obras.

[SAIBAMAIS 2]No ofício que comunica a abertura do inquérito, o delegado Thomas Wlassak também pede que os analistas ambientais que elaboraram o laudo do Ibama apresentem-se à PF para prestarem depoimento sobre o trabalho de vistoria realizado na área equivalente a sete metros do parque do Cocó. A PF solicita, ainda, manifestação da Secretaria do Patrimônio da União (SPU) no caso.

De acordo com o laudo emitido pelo Ibama e enviado à PF, o desmatamento no Cocó foi realizado em perímetro considerado pelo Código Florestal como área de preservação permanente, além de área de relevante interesse ambiental para a cidade de Fortaleza. No documento, o Ibama também atestou que a devastação ocorreu em área pertencente à União, sem que houvesse sido pedida autorização à SPU. O laudo ainda aponta que as intervenções foram iniciadas sem que houvesse sido elaborado prévio Estudo de Impacto Ambiental e o respectivo Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima).

Redação O POVO Online, com informações da assessoria de comunicação do MPF-CE

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