Comissão quer que autoridade expliquem espionagem
Foram aprovados pedidos, em votação simbólica, para ouvir os ministros da Defesa, Celso Amorim, das Relações Exteriores, Antônio Patriota, das Comunicações, Paulo Bernardo, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito, o embaixador norte-americano no Brasil, Thomas Shannon, e o jornalista Glenn Greenwald, radicado no Rio, que recebeu os documentos secretos de Snowden. Os senadores também decidiram colher os depoimentos do presidente da Google, Fábio Coelho, e do Facebook no Brasil, Alexandre Hohagen. O líder do Psol no Senado, Randolfe Rodrigues (AP), defendeu, inicialmente, que o convite para os ministros seja transformado em convocação.
Regimentalmente, no caso do convite, fica a critério da autoridade marcar o dia que comparecerá à comissão. No caso da convocação, a pessoa é obrigada a vir em até 30 dias. Os senadores argumentaram com Rodrigues que as autoridades devem comparecer à comissão até a quinta-feira, 11, e, se fosse aprovada a convocação, eles teriam mais um mês para marcar a data. "A situação é tão grave que todos vão vir", acredita o presidente da comissão, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).