O deputado federal José Guimarães (PT), líder do partido na Câmara, admitiu que há um racha dentro da base aliada do Governo no Congresso. “A base trincou algum tempo por falta de discussão”, disse o parlamentar, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

A falta de sintonia seria o resultado, na avaliação do deputado, do acúmulo de problemas não discutidos. Porém, ele ponderou que a “espinhar dorsal” da base continua sendo formado por PT e PMDB e que as duas siglas precisam rediscutir a aliança. “Esses (PT e PMDB) não podem guerrear e temos que recompor”, pontuou.

Leia também:
Pressão política dificulta aprovação da LDO

O parlamentar voltou a frisar que é preferível uma base menor a uma base grande, mas sem identidade e afinidade política. “Quem é independente, que fique independente. Agora, quem é base, é base. E, para isso, não precisa de toma lá, dá cá”, criticou.

Divergências
A relação entre o Governo e o PMDB vem dando maiores sinais de estremecimento nos últimos meses e se agravaram após a série de protestos que ocorreu pelo País. Os peemedebistas já se posicionaram contra a ideia de um plebiscito sobre a reforma política ainda este ano, indo contra uma das principais propostas apresentadas pela presidente Dilma Rousseff (PT) devido às manifestações.

Além disso, há divergências que acabaram impossibilitando a tramitação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) antes do recesso parlamentar. Quando forem retomados os trabalhos no Congresso, a votação de veto de Dilma a alterações no Fundo de Participação dos Estados (FPE) tende a ser o novo foco de desentendimento. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB), antecipou que “tendência forte” para que os deputados derrubem o veto.

Redação O POVO Online, com informações do site do deputado José Guimarães