O Coletivo Plantando Informação, que é um dos organizadores da Marcha da Maconha, rebateu hoje a decisão dos vereadores de Fortaleza, que aprovaram um voto de repúdio ao evento, na sessão da última terça-feira, 11.

Também através de nota de repúdio, o Coletivo afirma que os vereadores, em vez de incentivar e participar desse debate, “preferem optar pelo discurso da ignorância, do preconceito, da intolerância, da guerra e do fracasso”.

A nota lembra ainda que a legitimidade do movimento já foi reconhecida pela Suprema Corte brasileira e que, por isso, “qualquer repúdio contra a marcha que venha desta Câmara Municipal ou de qualquer outra serve apenas como uso eleitoreiro da questão”.

De acordo com o Coletivo, os objetivos principais do movimento são:

“Criar espaços onde indivíduos e instituições interessadas em debater a questão possam se articular e dialogar; estimular reformas nas leis e políticas públicas sobre a maconha e seus diversos usos; ajudar a criar contextos sociais, políticos e culturais onde todos os cidadãos brasileiros possam se manifestar de forma livre e democrática a respeito das políticas e leis sobre drogas; exigir formas de elaboração e aplicação dessas políticas e leis que sejam mais transparente, justas, eficazes e pragmáticas, respeitando a cidadania e os direitos humanos.”

A nota de repúdio dos vereadores foi aprovada ontem com 23 votos a favor, um voto contra e uma abstenção.

 Redação O POVO Online