Em reunião com Dilma, base concorda com plebiscito
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, endossou, dizendo que o governo está agindo, apresentando ações e propostas, para não deixar espaços vazios, porque eles não existem em política. A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, foi a porta-voz da terceira reunião do dia, que durou mais de três horas e só acabou por volta das 22h. Na reunião, as lideranças dos partidos da base defenderam o plebiscito e se comprometeram a consultar os deputados de seus partidos para que eles apresentem propostas para as perguntas a serem feitas. A data ainda não está definida porque depende da resposta da consulta feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mas todos reconhecem que muitas das propostas, como o fim ou não à reeleição e o número de anos do mandato não valerão para as eleições de 2014.
"Nós estamos efetivamente agindo, nos organizando e nos articulando para no menor prazo possível dar resposta para as ruas. Acho que essa é a resposta de um longo dia de reuniões", disse Ideli, na entrevista. De acordo com a ministra, a unidade dos partidos que compõem a base está comprometida em "um curtíssimo espaço de tempo" para responder com ações concretas que atendam às reivindicações que tomam conta das principais cidades do País.
O discurso do governo permanece o de que as propostas de reforma política têm de ser realizadas o quanto antes, mas que o plebiscito deve tratar apenas de temas específicos e sem abrir muito o leque de perguntas, limitando-se ao financiamento de campanha, lista aberta ou fechada para eleição e se o sistema seria proporciona, como é hoje, ou se alterado para majoritário ou misto.