Caminhoneiro reclama de prejuízo com preço de pedágio
Nélio Botelho argumentou que a decisão do governo paulista favorece os motoristas de veículos de passageiros e atenua os prejuízos das concessionárias das rodovias, mas eleva os custos dos transportadores de carga e onera os preços das mercadorias, principalmente dos alimentos. O governador de São Paulo cancelou por um ano o reajuste previsto para o dia 1º de julho. O reajuste corrigido pela inflação seria de 6,2% se seguisse o IGP-M ou de 6,5% caso levasse em conta o IPCA.
O líder dos caminhoneiros considerou um absurdo a cobrança do pedágio pelo eixo suspenso, que não põe sobrecarga no asfalto. Ele citou como exemplo o transporte da soja de Mato Grosso para o porto de Santos. "Hoje, o motorista que retorna com o caminhão vazio não paga o pedágio pelos dois eixos suspensos", diz ele. Os gastos com pedágio neste caso devem passar de R$ 500 para R$ 600.
Botelho prevê que o movimento de paralisação da próxima semana deve ter adesão total dos caminhoneiros. Ele disse que abriu uma consulta às empresas e caminhoneiros sobre a possível adesão do setor às manifestações populares e recebeu milhares de e-mails confirmando no apoio às reivindicações da categoria e participação nos protestos pacíficos.