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Base de Haddad tenta barrar CPI dos Transportes

08:31 | 26/06/2013
Sem apoio dos evangélicos e do aliado PSD, a base do prefeito Fernando Haddad (PT) tenta, nesta quarta-feira, 26, barrar em definitivo a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes. A intenção da iniciativa é apurar os contratos da Prefeitura com as empresas de ônibus e vans de São Paulo.

Na terça-feira, 25, uma manobra dos governistas conseguiu adiar a votação, sob protestos de integrantes do Movimento Passe Livre (MPL). A nova votação será posta na pauta desta quarta-feira, a partir das 15 horas.

Haddad viu sua ampla maioria do Legislativo, formada por 42 de 55 vereadores, entrar em crise após o secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto (PT), dizer que a CPI só serviria para "achacar" o setor. � tarde, por volta das 14h, o vereador Arselino Tatto (PT) leu um pedido de desculpas do irmão, não aceito pelo PSD - dono de oito cadeiras. "Pela nossa dignidade, espero que amanhã (esta quarta-feira)possamos dar uma resposta à sociedade e aprovar a criação da CPI", afirmou Police Neto (PSD).

Religiosos

Os vereadores da Frente Parlamentar Cristã, com 17 parlamentares, também se rebelaram após o prefeito vetar ontem a brecha, aprovada pela Câmara Municipal no início deste mês, que reduzia regras e a exigência de documentação para a construção de templos religiosos.

"Tem de ter palavra. Eu tenho palavra com o governo e com a população", disse Jean Madeira, pastor da Igreja Universal, visivelmente exaltado com os governistas. "Até amanhã (hoje) acho que podemos ter um entendimento (com os evangélicos)", disse o líder do PT, Alfredinho.

Como os outros governistas que tentam barrar a CPI, o líder do partido de Haddad quer que a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) seja realizada nesta quarta-feira e, dessa forma, antecipar o início do recesso parlamentar. "O recesso está previsto na Lei Orgânica do Município", disse o petista.

Ricardo Young (PPS), autor do pedido da CPI, afirmou que, ao tentar barrá-la, a base governista corre o risco de transformar a Câmara em alvo de protestos. "Acho que a base vai dar um �tiro no pé� do Haddad." A partir das 14h desta quarta-feira, integrantes do MPL prometem protestar na Câmara em defesa da CPI. "� bom os vereadores saberem que protesto não tem recesso", disse Mayara Vivian, do MPL. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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