Países querem que sede da CIDH seja retirada dos EUA
Os Estados Unidos nunca ratificaram a convenção de Direitos Humanos, apesar de manter uma influência considerável na Comissão. Este ano, apresentaram o nome de James Cavallaro para uma das três vagas em eleição, concorrendo com o brasileiro Paulo Vanucchi e outros quatro nomes de México, Colômbia, Equador e Peru. Retirar a sede de Washington pode não ter um grande resultado prático, mas tem um efeito simbólico, especialmente para Equador, Bolívia e Venezuela, os maiores críticos da CIDH.
Apesar de ter feito as pazes com a CIDH e a Organização dos Estados Americanos (OEA) depois de reformas propostas pela própria comissão, o Brasil apoiou a declaração, que inclui ainda uma exigência de que a OEA apresente um relatório detalhado do financiamento e das doações feitas ao organismo. Apenas três países decidiram postergar seu apoio à declaração: México e Panamá, tradicionalmente mais alinhados com os americanos, e o Paraguai, em rota de colisão com os colegas sul-americanos desde sua suspensão do Mercosul e da União das Nações Sul-americanas (Unasul).
O texto deve ser apresentado na reunião da Assembleia Geral da OEA, no próximo mês, na Guatemala.