Gabinete de Afif funcionará em prédio do Exército
A pressão tem crescido porque a cada ano aumenta o número de pastas criadas para acomodar aliados políticos da presidente. Lula recebeu 26 ministérios de Fernando Henrique Cardoso, mas entregou 37 à presidente Dilma, que ampliou este número e acaba de contemplar o PSD com o 39.º ministério. A criação da nova pasta garantirá à petista, no projeto de reeleição, 1 minuto e 39 segundos de tempo de TV no programa eleitoral do ano que vem.
A nomeação de Afif como ministro causou polêmica porque ele permanecerá no cargo de vice-governador de São Paulo, Estado administrado pelo tucano Geraldo Alckmin.
O Comando do Exército foi o primeiro a abrir espaço aos civis em suas instalações. Cedeu um andar para a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), em 2007, quando o então ministro Roberto Mangabeira Unger assumiu o posto.
Segundo o Exército, no segundo semestre deste ano tanto o prédio principal quanto o anexo estarão desocupados pela Força. O Ministério do Planejamento, a quem a Secretaria de Patrimônio da União - que controla os imóveis da União - está vinculada, informou que ainda não há definição de que outros órgãos poderão migrar para a área ocupada por militares.
O inchaço da máquina pública desde o início do governo petista tem levado o governo a gastar milhões com aluguéis de imóveis para acomodar os novos inquilinos.
A desocupação de prédios dos comandos militares não vai parar por aí. Antigos ministérios - e hoje comandos da Aeronáutica e da Marinha - também terão novas sedes fora da Esplanada. A atual ocupação militar na Esplanada é herança dos tempos em que, em vez da Defesa, havia as pastas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Há quase 14 anos foi criada a pasta da Defesa, mas os comandantes das três Forças, apesar de terem perdido o status de ministro, continuaram na Esplanada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.