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Viana diz que Aécio e Campos estão 'jogando a toalha'

17:43 | 30/04/2013
O vice-presidente do Senado, Jorge Viana (PT-AC), afirmou nesta terça-feira, em discurso da tribuna da Casa, que o apoio do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), ao fim da reeleição revela que os dois estão "jogando a toalha" na disputa presidencial do ano que vem. Os dois são apontados como prováveis adversários da presidente Dilma Rousseff na disputa de 2014. A proposta de Aécio Neves de acabar com a reeleição foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo na semana passada.

"Hoje, eu vejo o candidato a presidente, meu colega Aécio Neves, o pretenso candidato a presidente Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB, dizendo que querem o fim da reeleição. Eles não se entendem. Talvez estejam mirando 2018. já estão jogando a toalha sobre 2014", disse Viana, ao elogiar a posição do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso que, em entrevista publicada nesta terça ao Valor Econômico, posicionou-se contra ao fim da reeleição.

Em um longo pronunciamento, Jorge Viana citou uma série de decisões políticas que, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, não foram tratadas à época como casuísmo. Primeiro, ele disse que em setembro de 1993, a um ano da primeira eleição de FHC, o Congresso aprovou um projeto de lei que proibia a captação de imagens externas em programas eleitorais.

A mudança na lei, segundo o petista, prejudicou o então líder nas pesquisas para presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula viajava pelo País com as chamadas Caravanas da Cidadania. O petista lembrou que o relator do projeto na Câmara dos Deputados foi o tucano José Serra. "Mas isso não é um absurdo, porque era contra o PT, contra o Lula", criticou.

Jorge Viana também disse que o Plano Real tinha como único objetivo, lançado às vésperas da eleição de 1994, eleger presidente Fernando Henrique Cardoso. "O plano não foi feito para dar certo, foi feito para Lula ser o perdedor", disse ele, que também acusou a reeleição de FHC de ter sido aprovada de maneira "fraudulenta".

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