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Prefeito afastado vai à Assembleia para se defender e diz que é vítima de perseguição política

Em passagem pela Assembleia, Cirilo Pimenta distribuiu documentos que questionam desvio de verbas; segundo MPE, prejuízos por fraudes em licitações podem chegar a R$ 6 milhões

12:09 | 10/04/2013
O prefeito afastado de Quixeramobim, Cirilo Pimenta (PSD), esteve nesta quarta-feira, 10, na Assembleia Legislativa, onde se defendeu das denúncias de ter desviado recursos públicos por meio de fraudes em licitações. Se dizendo vítima de perseguição política, o prefeito afirmou que as licitações questionadas pela Justiça não foram sequer executadas. Nesta terça-feira, 9, Cirilo, o vice-prefeito e mais dez secretários do Município foram afastados, após operação conjunta do Ministério Público Estadual e Polícia Civil.

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Em rápida passagem pela Assembleia, Cirilo Pimenta distribuiu entre os deputados documentos que discriminam as licitações promovidas pela sua gestão. Ele afirma que os recursos a que a Prefeitura teve acesso nos três primeiros meses de gestão, através do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), não correspondem ao valor descrito na investigação. Segundo o Ministério Público Estadual, prejuízos podem chegar a R$ 6 milhões.

Na manhã de terça-feira, a operação “Quixeramobim Limpo II” coletou material que identificou indícios de fraudes em licitações que podem significar prejuízo de quase R$ 6 milhões. Foram encontrados até bilhetes do prefeito que pediam a vitória de certas empresas em processos licitatórios.

Já é a segunda operação motivada pelo Ministério Público Estadual no Município. Em 21 de março desse ano, a Justiça expediu 20 mandatos de busca e apreensão e determinou o afastamento de sete gestores do município – entre secretários e presidentes de autarquias municipais.

Carlos Mazza

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