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Câmara aprova seleção pública como única forma de nomeação de diretores escolares em Fortaleza

Concurso será restrito a professores das redes municipal, estadual e federal; emenda da oposição não foi sequer discutida em plenário

16:40 | 09/04/2013
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A Câmara Municipal de Fortaleza aprovou nesta terça-feira, 9, projeto do prefeito Roberto Cláudio (PSB) que altera o modelo de seleção dos gestores de escolas da rede pública municipal. A mensagem, aprovada com 36 votos favoráveis e cinco contrários, torna a seleção pública a única forma de nomeação de diretores escolares em Fortaleza.

A única alteração feita ao projeto do prefeito veio através de emenda do presidente da Casa, Walter Cavalcante (PMDB). Com a mudança, o concurso para diretores será restrito a professores das redes municipal, estadual e federal de ensino.

Leia também: Ivo Gomes rejeita alterar proposta
> Temendo derrota, líder tira projeto de pauta

Apenas os vereadores Acrísio Sena (PT), Deodato Ramalho (PT), João Alfredo (Psol), Toinha Rocha (Psol) e Capitão Wagner (PR) votaram contra a proposta. Apesar de defenderem a seleção pública, esses vereadores afirmavam que também deveriam ser reservadas vagas para gestores nomeados por eleição direta nas comunidades.

João Alfredo chegou a apresentar emenda nesse sentido. A proposta, no entanto, foi derrubada pela base aliada na Comissão de Legislação da Câmara, sem nem ao menos ser discutida em plenário. O argumento da base de RC foi o de que a proposta repetia emenda do vereador Walter Cavalcante. Mesmo com o psolista demonstrando que esse não era o caso, a base manteve voto pela rejeição. A ação foi muito criticada e classificada como "manobra" pela oposição.

Vitória folgada
A aprovação da seleção pública como única forma de nomeação de gestores escolares mostra que o prefeito Roberto Cláudio conseguiu “apaziguar” sua base aliada. Na semana passada, grupo de vereadores se levantou contra RC e ameaçou derrubar a proposta. Temendo uma derrota, o líder do prefeito, Evaldo Lima (PCdoB), tirou a mensagem da pauta de votação.

Apesar da rebelião, o secretário de Educação do Município, Ivo Gomes (PSB), afirmou que não aceitaria alterações ao projeto. “Não acredito que a Câmara patrocinará o retrocesso”, disse.

O petista Deodato Ramalho vem tecendo muitas críticas ao sistema aprovado nesta terça-feira. “Os aprovados ainda serão submetidos a entrevistas com o secretário. No final das contas, vai ser um processo de afinidade política com o prefeito”, disse.

Com informações do repórter Marcos Robério

Carlos Mazza

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