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Máfia de Cachoeira perderá mais de R$ 100 mi em bens

19:59 | 21/03/2013
A Justiça Federal de Goiás estipulou que a perda de bens do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de mais quatro pessoas ligadas à máfia dos caça-níqueis no Estado será superior a R$ 100 milhões.

Os bens, que já estão bloqueados e estão à disposição da Justiça, incluem carros importados, apartamentos de luxo, terrenos diversos e um avião. De acordo com a Justiça, esses bens estão listados nos nomes de Cachoeira, Idalberto Matias, Lenine Araújo de Souza, Raimundo Washington Souza Queiroga e José Olímpio. Além deles, constam propriedades em nome de laranjas e de empresas que teriam sido usadas no esquema.

A decisão pela perda dos bens já havia sido anunciada no ano passado. Porém, coube ao juiz substituto, Daniel Guerra Alves, da 11.ª Vara Federal em Goiás, no último dia 13, definir a efetiva perda dos bens e ainda estipular uma multa de R$ 156 mil pelos gastos policiais durante a Operação Apate, desencadeada em 2011. No ano seguinte, Cachoeira chegou a ser preso em outra operação, a Monte Carlo. O grupo responde pelos crimes de formação de quadrilha e contra a administração pública.

"O cálculo dos prejuízos causados pela organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira e dos bens adquiridos com o produto dos crimes cometidos é, objetivamente, complexo", disse nesta quinta, por meio de nota oficial, o Ministério Público Federal. "Até que seja possível estipular um valor do ônus, os membros da quadrilha vão pagar, por enquanto, uma parcela dessa dívida com a sociedade", informou.

O juiz federal e os procuradores Daniel Salgado e Leia Batista não deram entrevistas sobre a decisão. Porém, um dos advogados de Carlinhos Cachoeira disse que à decisão cabe recurso no Tribunal Regional Federal (TRF1). Mesmo assim, afirmou, os bens seguirão bloqueados e o processo tende a ser longo.

Na lista da Justiça Federal, Cachoeira chama atenção pelo volume e o valor ínfimo de bens: um terreno, localizado no condomínio Alphaville, em Goiânia, avaliado em R$ 1,5 milhão. As demais propriedades - e os altos valores - estão nos nomes dos demais envolvidos no esquema.

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