Déda: Campos usa subterfúgios para fazer campanha
Durante encontro de prefeitos, em Pernambuco, na quinta-feira, Eduardo Campos afirmou que os ataques verificados entre PT e PSDB nos últimos dias, já visando à disputa presidencial de 2014, é "tudo o que o PaÃs não precisa". Para Déda, em vez de criticar, Campos deveria elogiar a briga entre os dois adversários porque tudo é feito à s claras, sem que ninguém tente esconder que está disputando pela conquista de espaços e que, cada um, faz o que pode para defender seu projeto de governo.
"Com relação à uma pretensa 'rinha', pelo menos um elogio meu amigo e companheiro Eduardo Campos deve aos últimos pronunciamentos das lideranças do PT e do PSDB: elas estão sendo explÃcitas e sinceras em suas pretensões. Independente das divergências de mérito, não estão se valendo de subterfúgios para debater seus projetos e pretensões polÃticas com a sociedade brasileira", disse ele, numa referência à s movimentações do governador de Pernambuco que, convidado a apoiar a reeleição de Dilma Rousseff no ano que vem, disse que não vai tratar do assunto agora. Mas prometeu lealdade em 2013. Campos é potencial candidato à sucessão da presidente da República.
Para Marcelo Déda, mesmo com a candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) já lançada em janeiro pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com a de Dilma Rousseff alardeada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva num ato do PT, na quarta-feira (20), "não há antecipação de campanha". O que existe, segundo Déda, "é um legÃtimo e necessário debate polÃtico, oportunizado pelos dez anos de governos democráticos e populares liderados pelo PT, dos quais o PSB foi e é aliado destacado".
Déda continuou: "O que se discute - e isto interessa a todos, empresários e trabalhadores, não somente aos partidos - é qual modelo o Brasil quer para os próximos anos." Ele aproveitou para pôr mais lenha na fogueira da briga entre PT e PSDB e voltou a fazer comparações entre os governos dos dois partidos. "Nos últimos 18 anos o PaÃs experimentou dois modelos de administração pública. Qual deles a sociedade quer doravante? Este debate é um dever dos partidos e um direito da sociedade."