PT não se preocupou com redução de encargo, diz Aécio
"O governo do PT demorou doze anos para estar atento a essa questão e, quando busca fazê-lo, faz de forma atabalhoada. Talvez devesse ouvir o grande guru petista do setor, o senhor Luiz Pinguelli Rosa, que foi presidente da Eletrobras no governo Lula e que chamou essa medida de Dilma de equivocada porque não leva em consideração a necessidade das empresas continuarem investindo", argumentou.
Aécio disse que é muito cômodo da parte do governo federal determinar de forma autoritária que o grupo Eletrobras faça adesão à renovação das concessões porque a empresa pode recorrer ao Tesouro. "A Eletrobras precisará no futuro de R$ 8,6 bilhões que lhes foram retirados porque ela precisa continuar investindo, por exemplo, em Belo Monte e Santo Antônio", disse. Aécio lembrou que "a Eletrobras terá sempre o Tesouro para recorrer. As empresas estaduais, não".
Ele reafirmou que a decisão das empresas de Minas Gerais, São Paulo e Paraná de não assinar os contratos de renovação das concessões foi técnica. "A área de transmissão aderiu, mas a de geração, não. E, por coincidência, o maior parque de geração fora do governo federal está exatamente em São Paulo, Minas e Paraná, Estados dirigidos pelo PSDB", assinalou.
Aécio disse que o PT tem que parar de querer dividir o Brasil entre os querem e os que não querem reduzir a conta de luz. "O Brasil está, sim, sendo pelo PT dividido em dois: aqueles que defendem o governo e aqueles que defendem o País. O PSDB estará sempre no segundo grupo".