PF apreende documentos na casa de prefeito no RJ
A polícia chegou à casa do prefeito pouco antes das 7 horas. Não havia ninguém e foi preciso chamar um chaveiro para abrir o portão. Bombeiros foram acionados para conter dois cães de guarda que estavam no jardim. Pouco depois, chegou o caseiro da família. Foram apreendidos computadores e documentos. Em nota, a assessoria da Prefeitura de Duque de Caxias informou que "a Procuradoria Geral do Município foi notificada pela Justiça Federal e apresentará defesa dentro do prazo legal". Zito não foi localizado pela reportagem.
Além da apreensão de documentos, a ação, determinada pela 1ª Vara Federal de Duque de Caxias, incluiu o arrolamento de bens em postos de saúde e no Hospital Moacyr Rodrigues do Carmo. O arrolamento é uma medida cautelar destinada a proteger bens objeto de litígio, com o objetivo de conservá-los do perigo de extravio ou dilapidação. Outros mandados de busca foram cumpridos nos municípios de Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto.
Importante líder político da Baixada Fluminense na década passada, Zito governou Caxias entre 1997 e 2004 e voltou à prefeitura em 2008. Em 2000, elegeu a ex-mulher, Narriman, e o irmão, Valdir, prefeitos de outras duas cidades da região, Magé e Belford Roxo. A filha, Andreia, é deputada federal. Outra ex-mulher, Claise, é deputada estadual. Todos adotaram o sobrenome Zito e ingressaram na política pelas mãos do prefeito.
O caos administrativo e suspeitas de irregularidades nos contratos de coleta de lixo e de desvio de verbas para a saúde abalaram o prestígio de Zito, que começou a carreira política no nanico PTR, passou para o PSB, depois PSDB e agora está no PP.
Em 2002, Zito foi absolvido da acusação de ter encomendado o assassinato de um secretário de Caxias, ocorrido em 1993. Ele chegou a ser preso duas vezes por causa da acusação.