Deputado tenta anular no STF sessão sobre royalties
Os Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo querem manter a regra atual. Pela regra em vigor,os dois Estados recebem cerca de 80% dos recursos dos royalties e de participação especial do petróleo. Mas agora estão em evidente minoria na discussão e votação do tema no Congresso. O projeto aprovado e que foi parcialmente vetado pela presidente reparte esse bolo de arrecadação, de acordo com a regra adotada pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE), e avança sobre o dinheiro arrecadado em campos já em exploração.
Na sessão de ontem do Congresso - quando a Câmara e o Senado se reúnem conjuntamente no plenário - os parlamentares aprovaram o regime de urgência para a votação desse veto, passando o tema na frente de uma lista de outros 3 mil vetos presidenciais que ainda não foram apreciados.
No mandado de segurança, Molon argumenta que a Constituição e o processo legislativo foram desrespeitados. Ele cita o artigo da Constituição (artigo 66) que trata das votações do veto, para afirmar que não há essa possibilidade de urgência. Em um dos parágrafos do artigo, o texto constitucional estabelece o prazo de 30 dias para a votação do veto. Segundo ele, não é "viável a apreciação seletiva ou aleatória de um único veto, desprezando-se todos os demais que se encontram pendentes", além de não seguir um critério objetivo razoável.