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Ayres Britto comanda julgamento do mensalão pela última vez

11:40 | 14/11/2012
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres Britto, comanda nesta quarta-feira, 14, pela última vez, o julgamento do mensalão. Ele completa 70 anos no domingo, 18, e, por isso, aposenta-se compulsoriamente. Na sexta-feira, 16, Ayres Britto encerra o período na presidência da Corte Suprema. Ele disse que deixará a instituição com “o sentimento de dever cumprido”.

Ayres Britto não participará do fim do julgamento do mensalão, que deve ocorrer apenas em dezembro. Ele ficou no comando do STF desde o início do julgamento, há quatro meses. O presidente negou que se sinta frustrado por não participar do término do julgamento.

"Estou virando uma página e estou fazendo com alegria. Não perdi minha viagem como ministro do Supremo, estou certo disso, porque dei o máximo de mim. Fiz tudo com devoção, alegria, amor e responsabilidade. Isso me deixa extremamente feliz. Eu saio sem nenhuma nostalgia ou tristeza", disse o ministro.

Ayres Britto ficou menos de dois anos no comando do STF, devido à aposentadoria compulsória. A gestão foi marcada por julgamentos históricos, como o do mensalão e o que autorizou a interrupção da gestação de anencéfalos, além da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Na terça-feira, 13, ele se despediu do comando do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Britto negou que tenha sugerido mutirão no Supremo para agilizar o fim do processo do mensalão. "Queria tocar o processo em ritmo compatível entre presteza e segurança. O que eu não queria incidir, como não fiz, foi em pressa, porque isso prejudicaria a segurança do julgamento. Se não der para eu proclamar (as sentenças), o ministro Joaquim (Barbosa) o fará, e isso não me frustra em nada", explicou.

A partir de segunda-feira, 19, a Corte Suprema será presidida interinamente pelo ministro Joaquim Barbosa – que é o relator do processo do mensalão. No dia 22, Barbosa assume como titular a presidência do STF e terá como vice-presidente Ricardo Lewandowski, que é o ministro revisor da Ação Penal 470. Barbosa disse que sua gestão deverá ser marcada pela transparência e simplicidade.
Agência Brasil

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