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Petista reeleito em Goiânia agora mira governo do Estado

11:12 | 08/10/2012
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, fez valer o efeito teflon. Sem ser contaminado pelos escândalos que se entrecruzaram em Goiás - o mensalão, na figura do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, e o caso Cachoeira -, o atual prefeito venceu a eleição já no 1.º turno. O resultado das urnas já começa a desenhar o cenário para a campanha eleitoral de 2014, na qual PT e PMDB articulam uma ampla aliança para tirar os tucanos do Palácio das Esmeraldas.

Garcia teve a preferência de 57,68% dos eleitores, segundo o Tribunal Regional Eleitoral. O deputado federal Jovair Arantes (PTB), apoiado pelo governador Marconi Perillo (PSDB), ficou em segundo lugar, com 14,25 %.

A eleição do petista representa o fortalecimento da oposição a Perillo, desgastado politicamente pelo envolvimento com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. "Nossa aliança é sólida, de longo prazo e vai se projetar para a cidade e para o Estado", disse o prefeito, agradecendo o apoio dos nove partidos da coligação.

Questionado sobre a possibilidade de lançar seu nome para o governo, Garcia se esquivou. "Fui eleito para administrar Goiânia nos próximos quatro anos e esses partidos também têm nomes qualificados", disse.

Médico, Garcia foi secretário de organização municipal do PT, suplente de vereador e deputado estadual por dois mandatos. Durante a campanha, defendeu uma "administração sustentável". Ele assumiu a prefeitura há dois anos e seis meses, logo depois de Iris Rezende (PMDB) ter deixado o cargo para disputar o governo do Estado.

O prefeito, que perdeu 13 quilos na campanha, votou cedo acompanhado da mulher, Tereza. Ele minimizou o efeito do mensalão na campanha e reforçou o papel da aliança com partidos da base governista e com o governo federal. "O PT é maior que o Paulo e seus indivíduos", disse, sobre o enfraquecimento do partido na eleição.

Perillo votou em Palmeiras de Goiás, no interior do Estado, e depois seguiu para Pirenópolis e Catalão. Pelo Twitter, o governador afirmou que a eleição foi tranquila e sem tensão. "Fui recebido de forma respeitosa por todas as facções políticas locais."

O ex-senador Demóstenes Torres, também suspeito de ligação com Cachoeira, votou por volta das 11h30 em Goiânia. Ele não falou com a imprensa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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