O ex-ministro Patrus Ananias (PT) voltou a afirmar nesta quarta a intenção de alinhamento com o governo federal caso seja eleito para a prefeitura de Belo Horizonte. Pouco antes de se encontrar com a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer para comício na capital, Patrus ressaltou que, "além do apoio político", a presença da chefe do Executivo federal na cidade "sinaliza" a "ampliação de parcerias" entre o município e a União em caso de vitória petista.

"Essa presença (de Dilma) para o futuro de Belo Horizonte. Que nós vamos ampliar as parcerias para o bem do povo. O governo não descriminaliza nenhum partido. Pelo contrário, são R$ 34 bilhões (de investimentos) em Minas. Mas podemos ter mais", declarou o ex-ministro durante caminhada na Savassi, na região centro-sul da capital.

Animado com números do Ibope divulgados na terça-feira que, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos, indicaram uma redução de 17% para 9% da diferença de sua candidatura para a do prefeito Marcio Lacerda (PSB) em uma semana, Patrus avaliou que a participação de Dilma em evento de campanha para manifestar "fisicamente" seu apoio pode ser decisivo na reta final. "As pesquisas começam a traduzir o que estamos sentindo nas ruas. Venho sentindo que a campanha está crescendo. São números que estimulam nossa caminhada", ressaltou. "E estamos chamando inclusive de comício da virada e da vitória", acrescentou, referindo-se ao ato com a presidente.

A presença de Dilma na cidade era uma reivindicação que a campanha petista fazia desde o início da disputa, já que o governo federal atuou diretamente na articulação da candidatura após o racha do PT com o PSB em Belo Horizonte. Mas, apesar de já ter dado diversas declarações de apoio ao correligionário no material veiculado nas rádios e TVs, o comício com Dilma não poderá ser usado na propaganda eleitoral gratuita, encerrada nesta quarta.

Ao contrário do que ocorreu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que também havia dado declarações para os programas de Patrus, mas cuja participação em comício na capital foi usada durante vários dias na propaganda petista. "(Dilma) tem responsabilidades com o País. Ela considerou a possibilidade de vir, (mas) nós respeitamos a agenda da presidente. Até que ela me telefonou para dizer: eu vou a Belo Horizonte participar fisicamente, manifestando meu apoio à candidatura", declarou.

Além da presença de Dilma, Patrus disse que também conta com a militância petista para conseguir levar o pleito para o segundo turno. "Estamos fazendo uma campanha em contato permanente e direto com a população. E temos um potencial extraordinário na reta final que são nossos apoiadores, nossa militância. Pessoas que trabalham pela nossa candidatura porque estão convictas", ressaltou, pedindo "empenho de quem optou pela nossa candidatura para que consiga mais votos".