Cerca de 10 mil homens das três forças - Marinha, Exército, Aeronáutica - estiveram em combate no País desde o dia 9 até esta terça-feira (30). O resultado foi bom: na maior mobilização, envolvendo 7.500 militares, a Operação Ágata 6, na fronteira com a Bolívia e o Peru, apreendeu 3,7 toneladas de droga pura, 67 veículos e mais 201 embarcações irregulares.

Foi, também, a estreia em ação real do avião não tripulado da FAB - controlado à distância, ele pode identificar alvos dia e noite, sob as nuvens ou debaixo da copa das árvores, durante 16 horas ininterruptas. No dia 15, um helicóptero pesado Blackhawk, da Aeronáutica, localizou uma estrutura na divisa boliviana destinada ao comércio clandestino de gado.

No Planalto Central, 2,2 mil fuzileiros navais realizaram um ensaio de operação anfíbia empregando material pesado - helicópteros, blindados sobre rodas, tanques, couraçados e mísseis diversos. Segundo o almirante Fernando Antonio, comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra, "o ensaio tem grande importância, uma vez que a Estratégia Nacional de Defesa determina que o CFN é a força de caráter expedicionário por excelência".

A Operação Formosa 2012 entrou na fase de planejamento no começo de setembro. No Campo de Instrução, no centro do Estado de Goiás, marcado pela variedade e amplitude do terreno, as ações anfíbias, "consideradas as mais complexas de executar", foram bem sucedidas.

A condição de tropa de pronto emprego, de reação rápida, "exige treinamento em variados ambientes, de áreas urbanas à selva, o cerrado ou o litoral", explica Fernando Antonio.

Os fuzileiros navais "têm respondido a um amplo espectro de crises, que variam desde o apoio à ocupação das diversas comunidades do Rio, até o envio de assistência humanitária, dentro e fora do País, como no socorro a desabrigados pelas chuvas no Brasil e na instalação de um hospital de campanha no Chile, poucas horas depois do terremoto havido em 2010", diz o oficial. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo