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'Militância fará a diferença' afirma Haddad

00:32 | 03/10/2012
Em encontro com intelectuais nesta noite, em um hotel na região central da cidade, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, disse que a mistura de desejo de mudança e a desesperança de alguns eleitores pode levar a capital paulista a um "salto no escuro" na sucessão municipal. "É um desejo de mudança perigoso", disse o candidato, que segue em empate técnico com o candidato tucano José Serra e atrás do candidato do PRB, Celso Russomanno.

"Nós sabemos que esta cidade não é para amador e não merece cair de novo nas mãos de um amador", acrescentou o petista. Durante seu discurso, Haddad disse que a militância fará "toda a diferença" até o próximo domingo e pediu empenho de seus apoiadores. A mensagem foi a mesma da ministra da Cultura, Marta Suplicy, que prevê uma eleição apertada, mas vitoriosa para quem passar para o segundo turno contra o candidato do PRB. "Esta eleição está apertadíssima. Quem for para o segundo turno, ganha do Russomanno", afirmou a ministra.

A uma plateia de economistas, juristas, arquitetos, cineastas, psicólogos, músicos, blogueiros, cientistas sociais e simpatizantes do PT, Haddad ironizou o encontro de Serra com intelectuais. "Foi o único dia que tremi na base", alfinetou. "Era uma meia dúzia de pessoas", completou o candidato petista, que admitiu estar preocupado em conseguir reunir um número mais expressivo de intelectuais do que seu adversário tucano. Nesta noite, declararam apoio a Haddad o jurista Dalmo Dallari, a cientista política Maria Victoria Benevides, o escritor Fernando Moraes, e os atores Sérgio Mamberti e José Celso Martinez, entre outros.

Aos artistas e intelectuais, Haddad afirmou que a cidade está debilitada do ponto de vista de políticas públicas, porque, em sua opinião, o atual prefeito, Gilberto Kassab, poderia ter avançado a partir da Lei da Cidade Limpa, mas acabou se acomodando nesta única bandeira e se dedicou mais a um projeto político-partidário. "É um prefeito que em ano eleitoral não consegue fazer uma inauguração", criticou. Para o candidato do PT, a gestão Marta Suplicy foi interrompida e seus projetos foram "mesquinhamente" abortados. "Foram quase que radicalmente eliminados", afirmou. Haddad defendeu que a cidade "se reconcilie" com a prosperidade no resto do País e acusou Kassab de aprofundar o "divórcio" entre São Paulo e o Brasil.

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