Marco Aurélio condena 8 por corrupção
"Ao votar considerada a corrupção passiva, faço-a de forma clara apontando que essa corrupção não visou cobrir simplesmente deficiências de caixa dos diversos partidos envolvidos na espécie, mas sim a (compra da) base de sustentação para aprovar-se, sofrendo com isso a própria sociedade, determinadas reformas", afirmou o ministro, destacando a aprovação de mudanças na Previdência na mesma época dos repasses no governo Lula.
Ele votou por condenar por corrupção passiva o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP), os ex-parlamentares Roberto Jefferson (PTB), Romeu Queiroz (PTB), Pedro Corrêa (PP), Carlos Rodrigues (PL) e José Borba (ex-PMDB), o ex-assessor do PP João Cláudio Genu e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas. Marco Aurélio, porém, absolveu todos os réus de lavagem de dinheiro por entender o recebimento apenas como um exaurimento da corrupção.
Marco Aurélio condenou por formação de quadrilha Corrêa, Genu e Enivaldo Quadrado, ex-sócio da Bônus Banval. Absolveu, porém, Valdemar Costa Neto e Jacinto Lamas desse crime por entender não ser possível enquadrá-los junto com acusados alvos de processo fora do STF. Lúcio Funaro e José Carlos Batista, donos de uma empresa que repassou recursos ao PL, fizeram acordo de delação premiada e respondem em primeira instância.
O ministro fez ainda absolvição integral do deputado Pedro Henry (PP-MT), do ex-secretário do PTB Emerson Palmieri e do outro sócio da corretora Bônus Banval Breno Fischberg. Ele seguiu ainda a recomendação do Ministério Público e apoiou a absolvição de Antonio Lamas, ex-assessor do PL e irmão de Jacinto Lamas.