Lula diz que daria cheque em branco a Haddad
Lula chegou por volta das 17h no calçadão comercial do Largo 13 dizendo estar seguro de que Fernando Haddad pode fazer pela cidade o que ele fez como ministro da Educação. "Se eu puder dar um cheque em branco para ele, eu dou porque sei que não vai acontecer nada, ele vai devolver o meu cheque", disse o ex-presidente a centenas de pessoas que se aglomeravam diante de uma picape onde ele discursava.
Dizendo não estar ali "para falar mal de nenhum candidato" e sim apoiar o candidato dele, Lula questionou a capacidade dos adversários do petista de comandar a maior cidade do País. "Não estaria aqui, às 5 horas da tarde de hoje, defendendo um candidato a prefeito, se não tivesse a certeza de que, nessa eleição, não tem nenhum candidato, nem o mais velho, nem o mais novo, que tenha 50% da capacidade que esse companheiro tem", discursou o ex-presidente entre beijos e fotos com o eleitorado. Lula ainda pediu que os militantes trabalhem nos próximos dias a favor do candidato do PT. "Se um dia vocês tiveram a coragem de votar no baixinho aqui, imagine no grandão aqui", brincou.
Já o candidato Fernando Haddad insistiu em criticar a proposta do candidato do PRB, Celso Russomanno, de fazer a cobrança da tarifa de ônibus por percurso. "Ônibus não é táxi", comparou. O petista anunciou ainda que, se eleito, fará um PAC para a cidade com o objetivo de promover obras e construção de creches "para recuperar os oito anos de Serra e Kassab". "Vamos trazer um PAC para São Paulo", garantiu.
Minutos antes da chegada de Lula, Haddad fez uma caminhada pelo calçadão da região e criticou o líder nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno. Para o petista, ao chamar notáveis para preparar um programa de governo, Russomanno está reconhecendo publicamente que não tinha projeto para a cidade. "Ao reunir na última semana notáveis para dar um jeito e fazer umas emendas (no programa de governo) ele está atestando que não tinha um programa consistente", concluiu.