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Candidatos trocam ofensas antes do 2º turno em SP

10:35 | 27/10/2012
A dois dias da votação, a campanha pela Prefeitura de São Paulo virou uma guerrilha eleitoral na rua e um palanque de ofensas entre os candidatos. Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB) trocaram acusações enquanto cabos eleitorais distribuíram por toda a cidade panfletos agressivos.

A coordenação da campanha serrista afirmou, em nota, que Haddad é "delinquente". O comitê do tucano repudiou cartazes apócrifos em que o candidato aparece numa foto segurando uma arma acima das frases "Serra é cúmplice do extermínio da juventude negra e pobre" e "Serra é cúmplice da violência contra as mulheres". O PSDB atribui a distribuição do material ao PT. O comitê de Haddad nega a autoria do material e afirma que Serra age com "desespero".

"Quem quer ser prefeito de São Paulo não pode se apresentar como um delinquente que não respeita as leis municipais que conservam a cidade limpa", disse a campanha de Serra.

Em referência ao protocolo de trégua nos ataques mútuos proposto por Haddad durante debate da TV Bandeirantes, na semana passada, a campanha disse que o PT faz "cinismo".

Além dos cartazes apócrifos, as campanhas produziram panfletos oficiais e sites com ataques a propostas e acusações de ligação com corruptos.

Pela manhã, Haddad afirmou que Serra "violenta seus direitos" na campanha. Em discurso a organizações sociais de moradores de rua, catadores e povos indígenas no Bom Retiro, região central, Haddad criticou a campanha de Serra, classificada como "rasteira": "O problema é que vocês são violentados nos seus direitos todo santo dia. Eu estou sendo nos 60 dias de campanha", reclamou Haddad. "Eu me solidarizo com vocês, porque senti o gosto do que é sofrer na mão desse cidadão."

Na tarde de ontem, Serra disse ser uma infâmia a imprensa repercutir a acusação feita pelo MEC contra seu assessor. Para o tucano, o PT usa veículos de comunicação para fazer mentiras parecerem verdadeiras. "É exatamente o propósito que eles (petistas) têm. Eles espalham uma mentira, esperam que a imprensa compre e fique batendo na mentira até que ela pareça verdadeira. Isso é uma infâmia", afirmou em casa, no Alto de Pinheiros, zona oeste. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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