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Revisor condena 9 réus e absolve 4

20:00 | 26/09/2012
O ministro revisor do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, concluiu seu voto sobre o capítulo que trata do recebimento de recursos por pessoas ligados ao PP, PL (atual PR), PTB e PMDB condenando nove réus e absolvendo quatro. Apesar do alto número de condenações, ele fez absolvições parciais, sobretudo quando havia acusações conjuntas de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O relator, ministro Joaquim Barbosa, condenou 12 réus e absolveu apenas um neste capítulo. O julgamento será retomado nesta quinta com os votos dos outros ministros.

Em relação aos réus ligados ao PP, o revisor condenou o ex-presidente do partido Pedro Corrêa e o ex-assessor João Cláudio Genu pelos crimes de corrupção passiva e formação de quadrilha, absolvendo-os da acusação de lavagem de dinheiro. Lewandowski condenou ainda Enivaldo Quadrado, ex-sócio da corretora Bônus Banval, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O revisor absolveu o outro sócio, Breno Fischberg, destas mesmas acusações e liberou o deputado Pedro Henry (MT) das imputações de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. O relator, Joaquim Barbosa, votou pela condenação destes réus em todas as acusações.

Lewandowski concordou com o relator nas condenações do deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) e do ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Lewandowski condenou ainda o ex-deputado do PL Carlos Rodrigues por corrupção passiva, mas o absolveu de lavagem. Barbosa considerou Rodrigues culpado pelos dois crimes.

O delator do esquema, Roberto Jefferson (PTB), foi condenado por Lewandowski e Barbosa pela prática de corrupção passiva. O revisor o absolveu da lavagem de dinheiro, e considerou Emerson Palmieri, ex-tesoureiro do PTB, inocente das acusações de corrupção passiva e lavagem. O relator defendeu a condenação em todos os casos.

O ex-deputado Romeu Queiroz, também do PTB na época, foi condenado pelos dois ministros por corrupção passiva. Lewandowski o inocentou de lavagem, contrariando Barbosa. O mesmo ocorreu em relação ao ex-líder do PMDB José Borba, hoje no PP.

O único réu com dois votos pela absolvição integral foi Antonio Lamas, irmão de Jacinto Lamas. O Ministério Público tinha retirado as acusações contra ele nas alegações finais.

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