Polícia Civil tenta concluir processo de Toninho do PT
Até agora, apenas duas pessoas foram ouvidas. A família de Toninho não concorda com a tese de crime comum e solicitou a entrada da Polícia Federal no caso para investigar crime de mando com motivações políticas.
Toninho, eleito em 2000, foi atingido com um tiro na noite de 10 de setembro de 2001, após sair do Shopping Iguatemi, em Campinas, e encontrado morto dentro de seu carro, um Palio, na Avenida Mackenzie. O caso foi investigado pela Polícia Civil de Campinas e pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo.
Com base no primeiro inquérito, o Ministério Público Estadual denunciou a quadrilha do sequestrador Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho, como responsável pelo assassinato, mas o juiz José Henrique Torres não aceitou a denúncia, em 2009. Um recurso ao Tribunal de Justiça foi derrotado e, no final de 2010 a Justiça determinou que as investigações fossem reabertas pela Polícia Civil, em Campinas.
"O inquérito está parado, duas pessoas foram ouvidas, a Roseana (a viúva) e o então secretário de Governo, Durval de Carvalho. O resto são apenas folhas com os pedidos de prorrogação de prazo do delegado", afirma o advogado da família, William Ceschi.
A partir de agora um delegado, um escrivão e dois investigadores cuidarão diretamente do caso. Em nota, o delegado seccional informou que a "iniciativa visa otimizar a investigação para a elucidação do crime". Ele lembra ainda que "as investigações deste caso nunca foram paralisadas e que muitas informações já foram obtidas em seu período inicial".