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Jornal O Estado de S.Paulo recebe o Prêmio Liberdade

08:27 | 04/09/2012
O Instituto de Formação de Líderes (IFL), criado por jovens empreendedores com idades de 20 a 35 anos, homenageou ontem, segunda-feira, o jornal O Estado de S. Paulo com o Prêmio Liberdade em reconhecimento pelo trabalho em defesa da liberdade de imprensa. O prêmio foi entregue ao diretor-presidente do Grupo Estado, Francisco Mesquita Neto, pela diretora do instituto, Marcela Ohana.

"A livre manifestação do pensamento, a liberdade de expressão e de imprensa são pilares essenciais para a sociedade democrática. Como dizia Thomas Jefferson, é preferível imprensa sem governo a governo sem imprensa", disse a empresária, na abertura do 3.º Fórum Liberdade e Democracia, que teve como tema "Liberdade - Caminho para o Desenvolvimento".

Francisco Mesquita Neto lembrou que o jornal O Estado de S.Paulo foi fundado por "um grupo de liberais, em 1875, com dois objetivos: a libertação dos escravos e a proclamação da República" e tem como base a defesa dos princípios da democracia e a livre iniciativa.

"O Brasil vive em plena democracia e é interessante lembrar, especialmente para as novas gerações, que nem sempre foi assim. No passado, reportagens que defendiam esses princípios foram censuradas. Esses tempos felizmente ficaram para trás. A Constituição Brasileira garante à população o direito de ser informada e, consequentemente, a liberdade de imprensa. Apesar de alguns casos lamentáveis de tentativas de cercear esse direito e de projetos retrógrados que às vezes aparecem, podemos afirmar que o País vive na plena liberdade de imprensa. Prêmios como este são muito mais incentivo para exercê-la e defendê-la com entusiasmo", afirmou o diretor-presidente do Grupo Estado.

O empresário José Galló, presidente das Lojas Renner, recebeu o Prêmio Empresário Liberdade. Em discurso, disse que "chegou a hora da verdade neste País" e criticou o que chamou de "governo de dupla personalidade". "Não teremos foco enquanto tivermos dois governos, um da presidente Dilma que tenta acertar o passo, a gestora e estadista que perde o sono com os gargalos da infraestrutura, e outro governo do rateio do poder na base aliada, que nomeia pessoas inadequadas para cargos importantes; a Dilma que defende a liberdade de expressão e o governo que defende o indefensável, o mal disfarçado controle da mídia", declarou o empresário.

Economia

Antes da série de debates, os empresários participaram de um almoço com palestra do economista Paulo Rabelo de Castro. "Estamos transformados em servos de um processo tributário que só pode ser comparado a um manicômio. Somos conformistas, demoramos a derrubar a inflação. O mesmo se repete agora. Não pode fazer reforma fatiada. Não pode manipular alíquota, não pode estimular consumo quando deveria incentivar investimento. Hoje há um achaque da estrutura estatal contra o sujeito que produz", criticou Castro.

O ciclo de debates teve a participação dos economistas Thomas Trebat (da Universidade Columbia), Paulo Guedes, Alexandre Schwartsman e Luís Stuhlberger e do tributarista e jurista Ives Gandra Martins. "Não temos competitividade e dinâmica suficientes. A China está rachando a gente por baixo com a competição e nós tomamos caminhos equivocados. O Brasil é prisioneiro da armadilha do baixo crescimento. Tem muito crédito para consumo de automóvel, altos salários dos servidores públicos, mas baixo investimento em educação", afirmou Paulo Guedes, do grupo financeiro BR Investimentos.

Presente à abertura do fórum, o governador Antonio Anastasia (PSDB), associou desenvolvimento a planejamento de médio e longo prazos. "Não falo de um planejamento soviético, rigoroso, mas de indução, inclusivo e participativo. É imprescindível que uma visão de planejamento de longo prazo se entranhe na visão açodada da sociedade brasileira. Sem liberdade não há planejamento nem desenvolvimento", discursou o governador.

Na palestra de encerramento, o tributarista e jurista Ives Gandra Martins lembrou o conceito de liberdade indissociável da moralidade pública. "O Estado está à disposição do cidadão e não o cidadão à disposição do Estado. Quando os governos perdem o sentido de que estão a serviço do povo, quando servidores exigem R$ 90 bilhões em aumento no momento em que o PIB não cresce, ficamos reféns. Eles estão a serviço da sociedade e não a sociedade a serviço deles", afirmou Ives Gandra.

O jurista destacou o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. "Talvez o STF venha a ser um divisor de águas em relação aos costumes antes tolerados no Brasil. Os costumes têm que mudar para que a liberdade se lastreie na moralidade", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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