'Eleições saÃram da rota', diz vice de Soninha em SP
Para exemplificar a opinião de que, caso seja eleito, Russomanno poderá ser cobrado pelo apoio que vem recebendo de lideranças religiosas, o vice na chapa de Soninha Francine citou o ministro da Pesca, Marcelo Crivella (PRB), correligionário de Russomanno: "O PT teve apoio da igreja (universal nas eleições presidenciais de 2010) e, em contrapartida, eles exigiram um ministério", frisou.
Albano disse que, neste pleito, seu partido foi procurado por diversas siglas para formar aliança, inclusive pelo PSDB, de José Serra, com quem esteve coligado nas eleições para o governo do Estado em 2010. "O PSDB nos procurou e, devido à coligação com o PSD, do (prefeito Gilberto) Kassab, decidimos não apoiar. O prefeito causou um mal ao PMN", disse. Ele contou que três dos cinco deputados federais do PMN migraram para o PSD. "Reduziu pela metade nossa participação no fundo partidário", queixou-se.
Ainda assim, Albano garantiu que apoiará José Serra em um eventual segundo turno do tucano contra o lÃder nas pesquisas, Celso Russomanno. "A tendência é essa", afirmou. Ele disse ter restrições ao PT desde que seu partido apoiou a primeira eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002.
Mesmo com restrições ao PT, Albano elogiou o atual candidato do partido, Fernando Haddad, e disse que, num eventual segundo turno entre ele e Russomanno, o petista terá seu voto. "O Haddad, embora seja do PT, como pessoa parece não ter sido respingado por esses escândalos que envolveram o partido dele. Talvez votaria nele para tentar dar mais uma chance para alguém do PT fazer alguma coisa", afirmou, deixando claro tratar-se de uma posição pessoal e não partidária.
O advogado afirmou ainda estar apreciando o julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal. "Como advogado estou gostando muito da atuação do Joaquim Barbosa (relator do caso), pois ele está sendo coerente", reiterou.