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Dilma usou anúncio em TV para fazer política, diz Serra

14:30 | 07/09/2012
O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, disse nesta sexta-feira que a presidente Dilma Rousseff "está usando a cadeia nacional (de televisão) para fazer política eleitoral". A declaração foi uma resposta ao pronunciamento da presidente na noite de quinta-feira (6), quando ela criticou o modelo de privatizações adotado na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).

Dilma afirmou que o antigo "e questionável" modelo de privatização de ferrovias, "torrou o patrimônio público para pagar dívidas e ainda terminou por gerar monopólios, privilégios, frete elevado e baixa eficiência". Segundo ela, o novo modelo proposto "vai reforçar o poder regulador do Estado, para garantir qualidade, acabar com os monopólios e assegurar o mais baixo custo de frete possível". Nesta sexta-feira, Serra disse que não está surpreso com a atitude da presidente. "Isso não é novidade. O PT sempre teve essa prática", declarou o candidato.

O tucano também disse ser normal que um presidente tenha participação nas eleições, mas criticou o fato de a participação ter sido feita durante um pronunciamento oficial. "A Dilma participar da eleição é normal. Não tenho nenhuma objeção. Faz parte das regras do jogo. Agora, usar a cadeia nacional para fazer política está muito errado", disse.

As declarações foram feitas em um evento de campanha realizado na Casa de Portugal, na região central da cidade de São Paulo. Serra assinou um documento produzido pela Frente Paulista de Entidades Populares e pela Frente Paulista de Habitação Popular comprometendo-se com a expansão da carta de crédito para habitação, regularização dos lotes da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a urbanização de favelas, caso seja eleito em outubro.

No final do evento, questionado por um jornalista sobre se a polêmica gerada pela declaração de Celso Russomanno (PRB) de que o atual prefeito Gilberto Kassab deveria "ficar com o rabo entre as pernas" no debate a respeito da segurança municipal não abaixaria o nível da campanha, o tucano limitou-se a responder: "Quem começou?".

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