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CPI do Cachoeira realiza sessão, mas não avança

12:41 | 04/09/2012
A exatos dois meses de seu fim, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira, que investiga a relação do contraventor Carlos Augusto Ramos com empresas e políticos, teve nesta terça-feira mais um dia sem avanços na investigação. Munido de um habeas corpus, André Teixeira Jorge, motorista de Cláudio Abreu, ex-diretor regional da Delta Construções, permaneceu calado durante reunião da comissão. O deputado Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO), flagrado pela Polícia Federal em conversas telefônicas com Cachoeira, alegou compromisso de viagem para não ir à CPI.

Integrantes da Comissão vão se reunir hoje à tarde, às 16h, para tentar fechar uma pauta para reunião administrativa da CPI agendada para amanhã, quarta-feira, pela manhã. A oposição quer aprovar a quebra do sigilo bancário fiscal e telefônico de, pelo menos, mais 12 empresas supostamente laranjas. Essas firmas receberam recursos da Delta Construções, principalmente em 2009 e 2010. A CPI já quebrou o sigilo de outras seis empresas apontadas como fantasmas, que também receberam dinheiro da empreiteira.

O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) entra hoje com notícia crime na Procuradoria Geral da República contra o Luiz Antonio Pagot, ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Em depoimento na semana passada à CPI, Pagot revelou ter arrecadado entre R$ 5,5 milhões e R$ 6,5 milhões para a campanha presidencial de Dilma Rousseff. Segundo ele, os recursos foram doações de cerca de 30 a 40 empresas que tinham contrato com o Dnit.

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