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Russomanno diz que adversários 'não sofreram como ele'

17:03 | 29/08/2012
O candidato do PRB à Prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno, garantiu nesta quarta que uma de suas primeiras ações no município, caso seja eleito no pleito de outubro deste ano, será a melhora do sistema de saúde. Instado a falar qual o seu diferencial em comparação aos seus adversários nas propostas para o setor, Russomanno citou a morte de sua ex-mulher por falta de atendimento médico. "Dos outros candidatos, nenhum passou pelo que eu passei. Nenhum perdeu sua mulher por falta de atendimento médico. Sofrendo do jeito que eu sofri."

Na entrevista para a série Entrevistas Estadão, o candidato do PRB definiu-se como um político de centro, elogiou o trabalho dos militares - mas declarou não "apoiar o regime militar" - e negou que seu partido seja o braço político da Igreja Universal. "Apenas 20% (dos quadros) são evangélicos e desses 6% da (Igreja) Universal", comentou.

Ao ser questionado sobre o pagamento de passagens aéreas para membros de sua família com a sua verba parlamentar entre 2008 e 2009, Russomanno alegou que não se tratava de "dinheiro público". "Eu recebia um crédito para o Celso Russomanno. Posso usar do jeito que eu quiser. Sou um legalista, pratico o que está na lei", defendeu-se.

E se queixou: "Se eu recebo como parlamentar e doei (todos os) meus salários para o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (do qual é sócio-fundador), ninguém fala disso."

Quando indagado sobre sua relação com o empresário Laerte Codonho, dono da marca Dolly, que produz refrigerantes, e seu sócio em uma produtora de vídeos, Russomanno cravou: "Esse é um cara digno de ser respeitado. Não existe ilegalidade em ele ser meu sócio". De acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, Russomanno fez lobby para o empresário no Congresso em ação movida pela Coca-Cola contra a Dolly. A Dolly então patrocinou um programa que o candidato tinha na TV Gazeta e Codonho doou R$ 250 mil para sua campanha ao governo do Estado de São Paulo, em 2010.

Proclamando-se "o microfone de quem não pode falar", Russomanno criticou a falta de segurança na cidade de São Paulo e, quando questionado sobre os planos para melhorar o setor, afirmou: "É tudo que você (jornalista) puder imaginar". E, depois de ressaltar que a segurança é atribuição do governo estadual, prosseguiu: "Vamos reativar a Guarda Civil Metropolitana. Os uniformes (estão) velhos, desgastados. Vamos fazer dela a melhor do Brasil. Vão autuar, (fazer) prisão em flagrante", detalhou.

No transporte, Russomanno afirmou que vai trabalhar na educação do motorista especialmente para lidar com os ciclistas no trânsito.

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