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Réus do mensalão têm a primeira derrota: processo não será desmembrado

Pelo placar de 9 a 2, ministros do STF rejeitaram a argumentação da defesa de que os réus sem foro privilegiado deveriam ser julgados por corte de primeira instância

18:07 | 02/08/2012
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Os acusados no processo do mensalão tiveram a sua primeira derrota confirmada no primeiro dia de julgamento, nesta quinta, 2. A estratégia arquitetada pela defesa de separar réus comuns dos réus deputados, que têm foro privilegiado, não funcionou.

Dos 38 réus do mensalão apenas três, por serem deputados, têm a prerrogativa de serem julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Essa tese, defendida pelo advogado Márcio Thomaz Bastos movimentou as primeiras horas do julgamento do mensalão, iniciado às 14h35.

Thomaz Bastos queria que seu cliente, o ex-diretor do Banco rural, José Roberto Salgado, viesse a ser julgado por um juiz de primeira instância, para que dessa forma, em caso de condenação tivesse o direito de recorrer a uma instância superior.

A maioria dos ministros do STF, porém, rejeitou o pedido de feito por Bastos e pelos advogados de outros dois réus. Prevaleceu a tese de que, apesar de 35 dos 38 acusados não terem o foro na Suprema Corte, aquele tribunal é o adequado para o julgamento de todos os réus porque as acusações dizem respeito ao mesmo fato.

Após a questão do desmembramento do processo ser colocada em votação, o placar final foi de 9 a 2. Apenas o revisor do processo, o ministro Ricardo Lewandowski e o ministro Celso de Mello votaram a favor de julgamento dos acusados por cortes distintas.

A discussão sobre a separação ou não dos réus do mensalão durou três horas e meia, fato que deve atrasar o calendário previsto para o julgamento.

Redação O POVO Online

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