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Relator e revisor do mensalão voltam a se estranhar depois de discordarem sobre direito de aparte

Repetindo o mal-estar do debate sobre o fatiamento dos votos, desta vez, os ministros discordaram sobre o direito que cada um tem de falar após o voto do outro. Discussão só foi encerrada após intervenção abrupta do presidente Ayres Britto

20:12 | 23/08/2012
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Responsáveis pelos principais votos no julgamento do mensalão, o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski voltaram a se estranhar no final da sessão desta quinta-feira, 23, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Repetindo o mal-estar do debate sobre o fatiamento dos votos, desta vez, os ministros discordaram sobre o direito que cada um tem de falar após o voto do outro. Tudo começou quando, ao final da sessão de hoje, Barbosa disse que queria “esclarecer alguns pontos” do voto de Lewandowski.

Contrariado, o revisor disse que só aceitaria “a réplica se tivesse a tréplica”, mas a proposta não foi bem acolhida pelo presidente da Corte, Carlos Ayres Britto, responsável por dirigir o julgamento. “Se ficarmos no vaivém no termo dos debates, não terminaremos nunca”, justificou o presidente.

Ayres Britto disse que o relator tem o direito de falar após o revisor porque tem uma certa “proeminência” no processo, o que provocou indignação de Lewandowski. “Temos uma concepção diferenciada sobre o papel do relator e de revisor”, disse o ministro, que prometeu se ausentar do plenário durante a fala de Barbosa caso não seja autorizado a falar novamente.

A discussão só foi encerrada após intervenção abrupta do presidente enquanto Lewandowski ainda reclamava, pedindo que a proposta da tréplica fosse levada a plenário. No final da sessão, o revisor foi acalmado em conversa reservada com os ministros Luiz Fux, Marco Aurélio Mello e Antonio Dias Toffoli.

A decisão sobre o direito de réplica e tréplica do relator e do revisor do processo, respectivamente, ficou para a sessão da próxima segunda-feira (27).

Agência Brasil

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