PSDB quer investigação de preços do Farmácia Popular
Reportagem publicada nesta segunda no jornal O Estado de S. Paulo mostra, por exemplo, que o Ministério da Saúde paga por uma cartela de anticoncepcional vendida no programa do governo até 163 vezes mais do que os municípios. Levantamento feito pelo jornal O Estado de S. Paulo, com base em dados de um banco público de compras, mostra que o ministério pagou mais por 17 dos 21 itens analisados. A diferença entre o que saiu do caixa do governo federal e o menor preço encontrado no mercado em compras feitas este ano no programa chega a R$ 504,5 milhões.
O líder entende que a "distorção" nos preços alimenta "suspeitas" sobre a existência de uma caixinha eleitoral. Ele disse que a sua reação foi a mesma com relação à medida provisória aprovada no início deste mês que autoriza o Ministério da Saúde, sem a necessidade de licitação, comprar medicamentos estratégicos ao Sistema Único de Saúde (SUS) e escolher empresas privadas para participar de parcerias de transferência de tecnologia. "Ou seja, abrindo porta para a corrupção", critica.
O líder tucano chama de "risível" a explicação do ministério de que a pasta economiza em outros gastos que teria se a compra não fosse feita como é, ressarcindo diretamente as farmácias particulares, sem arcar com outros custos como transporte, armazenamento dos remédios e recursos humanos. A equipe do ministério não sabe informar quanto seria necessário para arcar com esses gastos. "É dever do governo economizar sempre. Se essa é uma justificativa, é uma justificativa risível", alega Dias. "É dever do governo economizar sempre, não há justificativa para o aumento de preços, para o desperdício".