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Professor Luizinho nem sequer sabia dos fatos, diz defesa

18:05 | 14/08/2012
A defesa do ex-deputado petista Professor Luizinho sustentou no julgamento do processo do mensalão que ele não sabia que um assessor seu tinha recebido R$ 20 mil do esquema. Segundo o advogado Pierpaolo Bottini, o assessor José Nilson dos Santos era íntimo de Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, e negociou o dinheiro diretamente.

 

"Luizinho sequer sabia dos fatos, então não tem domínio dos fatos", sustentou o advogado. "José Nilson tinha atividade autônoma. A partir de 1995 passou a trabalhar com Luizinho, mas é comum os assessores, fora do horário de expediente, continuarem com sua militância autônoma", afirmou.

 

O advogado afirmou que o assessor tinha tanta intimidade com Delúbio que era chamado por ele de "Zé Linguiça". Diz que, em junho de 2003, José Nilson tinha questionado o Professor Luizinho se haveria recursos para a pré-campanha de candidatos a vereador nas eleições do ano seguinte. O deputado falou com o tesoureiro, que pediu para "Zé Linguiça" entrar em contato ele. Somente seis meses depois, os recursos foram liberados e, segundo a defesa, foram usados para pagar a confecção de camisetas para três pré-candidatos a vereador.

 

A defesa rebate ainda o fato de o nome de Professor Luizinho aparecer em uma lista entregue por Delúbio a Marcos Valério. Segundo o advogado, o nome constava da lista porque Delúbio queria dar mais relevo ao repasse, visto que o deputado era líder do governo. Ele pede a absolvição do réu, denunciado por lavagem de dinheiro. "Ainda que fosse lavagem de dinheiro não há comportamento de Luizinho em esforço para o recebimento desses R$ 20 mil".

 

O advogada disse que não foi produzida qualquer prova para justificar a condenação. Enfatizou que o Professor Luizinho não conseguiu mais se reeleger e disse que o deputado foi denunciado apenas por ser político. "Criou-se um mito demoníaco de que ser político é ser desonesto".

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