Perillo será processado por demora em exonerar Delúbio
"O questionamento que se faz é o seguinte: Por que o processo administrativo contra o Delúbio Soares somente foi concluído pela administração pública sete anos depois?", disse Fernando Aurvale da Silva Krebbs, da 57a. Promotoria de Justiça do MPE.
Ele requereu autorização, junto ao procurador-geral de Justiça, Benedito Torres Neto, para processar o governador tucano. A partir daí, o documento é analisado pela Assessoria Jurídica do Procurador-Geral, que é irmão do senador cassado Demóstenes Torres.
Explicou que embora o ex-tesoureiro tenha sido condenado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), a devolver os salários que recebeu e perder direitos políticos no período de oito anos, o governador não teria determinado a exoneração.
O promotor explicou que o então professor Delúbio Soares, e na condição de servidor público, teria apresentado "atestados falsos de frequência".
O que garantiu sua permanência no cargo da Secretaria de Educação e na folha de pagamentos - recebeu R$ 165,6 mil em salários, entre os meses de setembro de 1994 e janeiro de 1998, e entre os meses de fevereiro de 2001 e janeiro de 2005.
Na época, o próprio Fernando Krebbs requereu abertura de processo administrativo-disciplinar e inquérito policial na Delegacia estadual de Repressão a Crimes contra a Administração Pública.
Nos dois casos se descobriu, mais tarde, que Delúbio Soares morava em São Paulo, não aparecia nas salas de aula e era acobertado pela presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Educação (Sintego), Noeme Diná Silva.
No caso do governador, explicou Fernando Krebbs, cabe a ele aplicar a penalidade da demissão, o que não teria sido feito. A assessoria do governador não comentou sobre o caso.