Empresa de fachada de TO recebeu da Delta, diz PF
Segundo a Receita, a Miranda e Silva foi criada em 2010 para aluguel de máquinas, obras de urbanização e demolição de edifícios e está registrada numa loja em Águas Claras (DF). No local, funciona uma firma que aplica forros, sancas e divisórias. "Estamos aqui desde 2009 e nunca funcionou nada com esse nome", informou ao Estado um dos responsáveis, Valdenir de Jesus.
A PF diz que Cachoeira montou intrincada engenharia financeira envolvendo a Miranda e Silva, que existiria como fachada. Contas recebiam depósitos no exterior de pessoas e empresas interessadas em transferir dinheiro para o País. Os comprovantes eram enviados por e-mail a Gleyb Ferreira da Cruz, que acionava Geovani, o contador, que fazia depósitos no País, usando contas de empresas do esquema.
O depósito na conta da assessora de Solange, de R$ 120 mil, foi feito em 2011, após pedido de um funcionário da Delta e Geovani, conforme a PF. O Ministério Público do TO suspeita de que seja propina paga pela Delta, com contratos de lixo em Palmas. Os promotor Adriano Neves pretende ouvir os dois proprietários da Miranda e Silva, moradores do DF, por carta precatória. Em depoimento, a deputada diz desconhecer a transação. Irmão dela e ex-secretário do governo de Palmas, Pedro Duailibe, afirmou que usava a conta da assessora e que o pagamento refere-se à venda de uma retroescavadeira à Miranda e Silva. Já a Delta informou que a empresa integra seu cadastro de fornecedores e recebe por "serviços prestados e efetivamente faturados". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo