Descriminalização da maconha e do aborto serão temas debatidos no Senado só depois das eleições
O encaminhamento, segundo o senador Eunício Oliveira, é para evitar que em ano eleitoral "temas que sejam bandeiras" possam prejudicar o andamento dos trabalhos. O Senado discutirá outros 500 assuntos da reforma do Código de Processo Penal
O senador quer evitar que em ano eleitoral “temas que sejam bandeiras” possam prejudicar o andamento dos trabalhos. O parlamentar deixou claro que dará prioridade ao debate de outros 500 assuntos que fazem parte do código e são de interesse de toda a sociedade, não apenas de um segmento dela.
Fazem parte do grupo de temas polêmicos a proposta de descriminalizar o plantio, compra e o porte de drogas para uso próprio, a ampliação das regras para que a mulher possa realizar aborto sem que a prática seja considerada crime e a criminalização da homofobia. Eunício Oliveira acrescentou que trabalha com “um prazo exíguo” e, por isso, limitou a três as audiências públicas.
O prazo para a apresentação de emendas parlamentares será encerrado no dia 5 de setembro. Ele pretende entregar a matéria para votação em plenário ainda nesse ano.
O relator do anteprojeto, Pedro Taques (PDT-MT), concorda com a metodologia definida pelo senador Eunício Oliveira. “É isso aí, temos que discutir as questões de segurança pública senão vamos ficar debatendo só o abortamento”.
O senador Magno Malta (PR-ES), um dos representantes da bancada evangélica, questiona o curto prazo para debates. “Tudo é polêmico. É um absurdo estabelecer prazo de quatro meses para votar o Código de Processo Penal”.
O parlamentar ressaltou que é impossível, em ano eleitoral, votar questões como a liberação de plantio de maconha para consumo próprio e a extensão de possibilidades para o aborto legal.
Agência Brasil