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Candidatos à Prefeitura de BH evitam temas polêmicos

23:31 | 02/08/2012
Os candidatos à prefeitura de Belo Horizonte chegaram para o primeiro debate eleitoral, na noite de hoje (2), com uma espécie de "pacto" de evitar temas polêmicos e se concentrar apenas em questões relativas à capital. "O mensalão é um assunto que não tem a ver com a população da cidade", adiantou o prefeito Marcio Lacerda (PSB), questionado sobre a possibilidade de usar o tema contra seu principal adversário, o petista Patrus Ananias, que também descartou o tema. Apesar de evitarem polêmicas, os dois, porém, não conseguiram fugir da polarização, já que na primeira oportunidade que tiveram no evento promovido pela TV Bandeirantes, ambos dirigiram perguntas um ao outro.

O primeiro foi Patrus, que questionou o socialista sobre a área cultural, uma das mais criticadas e alvos de diversas manifestações durante a administração de Lacerda. Já o prefeito rebateu com questionamentos sobre a postura do governo federal após a eleição. "(A presidente) Dilma não vai liberar recursos para prefeitos que não forem do PT?", indagou, referindo-se ao discurso do petista de facilitar uma parceria com a União.

O petista retrucou lembrando sua gestão no Ministério de Desenvolvimento e Combate à Fome, quando, segundo ele, "não houve nenhuma discriminação". "A Dilma mantém a mesma linha. Tanto que existem várias obras em Belo Horizonte com recursos federais", declarou. Mas os ataques ao PT e à administração ficaram a cargo principalmente dos demais participantes, Maria da Consolação Rocha (PSOL) e Alfredo Flister (PHS).

Os candidatos foram recebidos por uma claque de algumas centenas de pessoas, que obrigaram a Polícia Militar a intervir por causa de duas sessões de pancadarias, principalmente entre partidários do petista Patrus Ananias e um grupo que portava bandeiras de Marcio Lacerda e do PSDB. Mas ninguém foi detido ou precisou receber atendimento médico, segundo a PM.

Patrus chegou ao local primeiro, acompanhado da mulher e três assessores. Lacerda entrou pouco depois, acompanhado do filho e de mais de uma dezena de cabos eleitorais, incluindo o vice-governador Alberto Pinto Coelho (PP), o secretário-geral do PSD mineiro, Alexandre Silveira, e diversos deputados estaduais e federais dos partidos que integram sua coligação.

Nos intervalos, Lacerda era auxiliado por seu principal assessor na prefeitura, Regis Souto. Já Patrus era orientado pelo jornalista Eduardo Oinegue, representante do marqueteiro João Santana - responsável pelas campanhas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff - na coordenação da candidatura petista em Belo Horizonte.

Pouco após o começo, a equipe detectou um problema técnico que deixou sem áudio uma das respostas dada por Lacerda. Segundo o moderador do debate, o jornalista Paulo Leite, a organização decidiu reiniciar todo o evento "para não prejudicar nenhum dos participantes". Com isso, foram refeitos o primeiro e segundo bloco, com a concordância dos candidatos.

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