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Dividido, TRE decide por permanência de juíza

Mônica Fontgalland Rodrigues, que entrou no Tribunal como substituta, ocupa vaga efetiva no lugar do juiz Cid Marconi. Desde então, ela tem adotado linha dura contra políticos envolvidos em irregularidades

13:03 | 27/07/2012

Pelo menos por enquanto, a juíza Mônica Fontgalland Rodrigues continua compondo a corte do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE). Durante sessão que decidiu pela permanência de Fontgalland, a desembargadora Maria Iracema pediu vistas do processo para analisar melhor a matéria. Iracema, entretanto, preferiu não aprofundar os motivos para o pedido.

Mônica Fontgalland também foi econômica nas palavras. Em entrevista ao O POVO, ela disse apenas que continua no cargo até que a decisão final seja tomada. "É uma decisão do Tribunal. Eu respeito a maneira de cada um expor seus entendimentos. Eu não vou questionar porque é uma decisão do Tribunal. Dependendo do que decidirem, ajo da melhor forma".

VEJA TAMBÉM: Em decisão que pode mudar perfil de julgamento, TRE vota afastamento de juíza

A juíza, que entrou no Tribunal como substituta, ocupa vaga efetiva no lugar do juiz Cid Marconi. Desde então, ela tem adotado linha dura contra políticos envolvidos em irregularidades.

O mandato de Fontgalland foi questionado pelo advogado do prefeito cassado de Carnaubal, depois que Mônica votou pelo afastamento do gestor, Raimundo Nonato de Araújo (PSD), por infidelidade partidária. O advogado Régis Albuquerque argumenta que, de acordo com um dos critérios de antiguidade descrito no regimento do TRE, a vaga de Cid Marconi deve ser preenchida por outro substituto, o juiz Antônio Sales de Oliveira.

Além de ter votado em desfavor do prefeito de Carnaubal, Mônica foi relatora, por exemplo, do processo de infidelidade partidária do deputado estadual Gony Arruda (ex-PSDB e atual PSD), no qual ela sugeria a cassação do mandato do parlamentar.

O julgamento tendia para um desfecho desfavorável a Gony, mas o voto do jurista Manuel Castelo Branco Camurça acabou empatando o placar. Com o voto de minerva de Ademar Bezerra, o deputado escapou da cassação.

 

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da Redação do O POVO Online

com informações da repórter Raquel Maia

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