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Delta já recebeu R$ 70 milhões por serviços prestados em Palmas, diz prefeito

A empresa Delta é apontada como parte do esquema criminoso liderado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Segundo o prefeito Raul Filho, porém, não há como contestar os processos de licitações vencidos pela construtora

15:17 | 10/07/2012
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Em depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira, o prefeito de Palmas (TO), Raul Filho (PT), disse que a empresa Delta já recebeu R$ 70 milhões da prefeitura pela prestação de serviços. Ele negou que os contratos com a empresa tenham sido feitos de forma emergencial, sem licitação.
"Prestando serviço à prefeitura, a Delta já recebeu R$ 70 milhões", disse o prefeito, que citou como atividades da empresa nos últimos seis anos os serviços de coleta de lixo, de varrição de ruas, de galhadas, de resíduos de cemitérios e hospitais, além de varrição de feiras.

Segundo Raul Filho, não há como contestar os processos de licitações vencidos pela empresa na administração de Palmas. "Não há como questionar erros", disse ele. A empresa Delta é apontada como parte do esquema criminoso liderado pelo empresário goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Raul Filho foi convocado após a divulgação de um vídeo no qual oferece possibilidade de ganhos ao empresário em troca de apoio à sua campanha, em 2004. No depoimento, o prefeito disse que conheceu Cachoeira em 1994, em um encontro ocasional em Goiânia, e só reencontrou o empresário dez anos depois, quando ocorreu a conversa retratada no vídeo.

O prefeito confirmou que o encontro gravado tinha o objetivo de levantar recursos para pagar despesas de sua campanha em 2004. "No nosso estado é tudo muito difícil. Os empresários tinham medo até de conversar com um candidato de oposição", justificou.

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Raul Filho negou ainda que o empresário Carlos Cachoeira tenha pago um show do cantor Amado Batista ocorrido durante a campanha. "O show do Amado Batista não foi pago por Cachoeira. Quem pagou foi uma empresa de Araguaína. Foi uma doação da empresa para a campanha", informou.

Agência Brasil

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