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Promotor diz que empresário saiu com sacolas de dinheiro na mão

Segundo o MP, Marcelino Maia teria sacado cerca de R$ 3 milhões de uma agência da CEF. O dinheiro teria sido desviado de verba pública destinada a construção de kits sanitários

13:57 | 21/06/2012

O promotor de justiça Eloílson Landim, do Ministério Público do Ceará (MP-CE), afirmou na manhã desta quinta, 21, ter prova documental de que o empresário Marcelino Cordeiro Maia sacou, em maio de 2009, dois milhões e 800 mil reais em espécie, tendo saído de uma agência da Caixa Econômica com o dinheiro dentro de sacolas. Marcelino Cordeiro está preso e é acusado de envolvimento no desvio de verbas para a construção de kits sanitários no município de Ipu.

O promotor falou em coletiva de imprensa, junto com outros membros do MP, sobre investigações que levaram ao afastamento de Jurandir Santiago da presidência do Banco do Nordeste do Brasil (BNB), além de esclarecer fatos sobre o “Escândalo dos Banheiros”. Jurandir era secretário-adjunto da Secretaria de Cidades e assinou convênios com a Prefeitura de Ipu. A verba, segundo o MP, foi desviada.

Para Eloílson Landim, os envolvidos no escândalo devem ficar presos para que se esclareça o destino da verba pública desviada desde março de 2009. “Uma vez desviado, ele [o dinheiro] não volta”, alerta. E acrescenta: “Se voltar, é para maquiar provas”.

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Ainda segundo o promotor, a prisão dos ex-servidores da secretaria de Cidades, Sérgio Barbosa de Sousa e Fábio Castelo Branco, tem relação com a atuação em outros municípios. “Eles não operaram apenas os procedimentos administrativos do caso Ipu, mas também de todos os demais convênios firmados pelo Estado do Ceará com os municípios entre 2008 e 2011”. Os demais convênios ainda são investigados pelo Ministério Público.

Veja o vídeo:

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(Thaís Brito. Especial para O POVO)

 

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