Izabella descarta mudança em apoio a médio produtor
"A escadinha foi feita socialmente. O entendimento do governo é que já demos alternativa para os médios quando a gente coloca na recuperação de rio de até 10 metros a exigência de 20 metros de recomposição", disse a ministra. "Temos que fazer o social com o ambiental", completou, após participar de audiência no Congresso.
Em sua exposição, a ministra tinha destacado que o objetivo do governo é que nas médias e grandes propriedades a recuperação seja maior para compensar o tratamento diferenciado dado aos pequenos produtores.
Vicente Andreu, da Agência Nacional de Águas, destacou que o objetivo é "proteger os pequenos rios nas grandes propriedades" e destacou que as pequenas propriedades ocupam menos de um quarto da área rural ocupada.
Além da "escadinha", Izabella defendeu a manutenção de manguezais e apicuns salgados como áreas de proteção permanente e a restrição à carnicicultura nessa região, que tem limites estabelecidos na MP. "Não podemos inviabilizar, mas não podemos permitir que se destrua mangues".
A ministra comentou ainda o resultado da Conferência Rio+20. Ela destacou a criação de uma agenda até 2015 no âmbito da ONU para o debate do desenvolvimento sustentável e compromissos com a proteção ambiental. Ela reconheceu que as negociações poderiam ter avançado mais, mas que é necessário valorizar as conquistas. "É possível fazer mais, mas fizemos muito. Precisamos valorizar a metade cheia do copo, não a vazia, temos de valorizar as conquistas". Izabella avaliou que o Brasil saiu fortalecido na discussão e que os recursos naturais precisam ser vistos como "vantagem competitiva".